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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Aquele dos "pobres" árabes #SQN

Se tem uma coisa que árabe tem (além de muitas outras rs) que eu não tenho é DINHEIRO! E sequer posso comparar o meu humilde bolso com esse povo do Middle East. Falando sério, eles tem muitoooooo dinheiro! Eles não vem para o Canada para fazer um cursinho de inglês. Não! Eles vem para fazer "o curso", o college, a universidade, a pós, o doutorado. Sim, eles vem para passar uma vida estudando. E a distância da família não é problema algum. Eles podem visitá-los tranquilamente a cada 6 meses, nas ferias escolares.
Eu andei pesquisando o preço das passagens até o Oriente Médio. A bagatela sai quase 2 mil dólares. Mas, como falei, dinheiro tem de sobra. Tão de sobra que, além de eles ja terem suas fortunas - patrocinadas pelos pais - o governo saudita ainda dá um bom incentivo financeiro para seus pupilos estudarem no exterior. Sim, é muito grana. E é óbvio que eles não precisam trabalhar nem pegam permissão para isso.
Você que está lendo esta postagem pode até ser rico, mas duvido muito que seja como um árabe! A gente costumava brincar que eles tinham petróleo no quintal de casa e eles só riam. Eu ainda tenho minhas dúvidas, mas ok.
Alguns dos Mohammads que conheci gostavam de ostentar, outros eram mais modestos. Um era tão simples que usava quase a mesma roupa forever. Um outro só queria ir nos restaurantes mais tops de Vancouver. Quanto eu, nos "Mcs" da vida. Omigod!
Mas esse que era "simples" tem uma casa com 20 quartos na Árabia Saudita. Sim, escrevi 20, mas talvez nem tenha contado com os quartos dos empregados. Não. Muito provavelmente os empregados deveriam ter uma casa só pra eles. Era gente na familia que nao acabava mais. A casa comportava todos os irmaos dele por parte das duas esposas do pai. Sim, além de milionario ainda tinha 2 mulheres hahah
Outro árabe que conheci na praia me contou que viajou para Rocky Mountains (um passeio sensacional para algumas das mais bonitas montanhas da Columbia Britânica) três vezes em menos de 1 ano. Só porque ele queria ver as montanhas em diferentes estações do ano. Quanto eu, fiquei 1 ano no Canadá e a grana não sobrou para tal viagem. E olha que eu trabalhei.
Vida de árabe é bem dificil. Conheci uma arabe que tinha uma cara de brasileira, diga se de passagem, todo mundo perguntava. Mas só cara, pense numa bichinha rica. Ela morava num apartamento com as primas atras da escola, num dos pontos mais caros da cidade e com uma vista invejavel. Ah, ela morava com as primas e tinha vindo com um primo. Mulheres arabes nao podem viajar e morar tao soltas assim.Outra coisa que sauditas não podem fazer é dirigir. Embora não exista nenhuma lei na Árabia Saudita que as proibam, definitivamente, o volante não as pertencem. Até achei um vídeo gravado por um próprio árabe cantando o lamento da mulherada: "No woman, no drive" (Não mulheres, não dirijam!).
Mas, pensa comigo, quem quer saber de dirigir quando se pode bancar motorista particular pra cima e pra baixo? Além dos homens fazerem questão disso, o combustível é vendido a preço de banana. Ah, eu não ligaria mesmo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Aquele da "Rede de Prostituição"

O título pode parecer estranho, mas a culpa é das novelas (da Globo rs) que faz muita gente acreditar que qualquer proposta de trabalho no Exterior pode ser para se prostituir haha Quem ai já comentou com os pais que gostaria de estudar fora e eles ficaram bem desconfiados? 
Photo Credit: JONETSU photography
Brasileiro sempre vai desconfiar de qualquer intenção boa demais pra ser verdade! Comigo aqui não foi diferente. No meu primeiro trabalho conheci uma garçonete européia, muito bonita, diga-se de passagem. Cabelos longos pretos e um olhão azul que até nos intimidava com o jeito dela rs Embora nao aparentasse devia ter uns 40 anos. No nosso primeiro contato ja ganhei um elogio e a curiosidade de qual país eu era. Depois outras perguntas vieram sobre porque eu trabalhava lá, se eu precisava de mais um emprego, etc. Até que um dia ela disse que eu era muito bonita (nem tanto rs) e que deveria trabalhar na agência dela. Ih esse negócio de agência dá logo medo. O pior era o jeito que ela falava com um ar de mistério. Entao tive a certeza que se tratava de uma "Rede de Prostituição" em Vancouver! hahah Os canadenses que me perdoem por tal pensamento, mas não tem como pensar em algo diferente, sendo eu uma típica brasileira.
E para aumentar a minha desconfiança, a européia sempre me falava de um tal treinamento que nunca acontecia. Eu queria meio que "pagar pra ver". Com o meu faro jornalístico tinha certeza que descobriria "um furo" em breve rs
Um dia o tal treinamento aconteceu. E para minha surpresa fui treinada no hotel mais caro de Vancouver por um grande mestre. Quando vi aonde estava, me senti tão privilegiada e ao mesmo tempo, envergonhada por um pensamento tão ... "brasileiro". 
É óbvio que eu não podia perder a chance e perguntar para a européia quanto eu teria que pagar pelo treinamento. Afinal, sai maravilhada com a aula de etiqueta que tive. Mas ela me disse que era totalmente free. Então, tentei explicar que no meu país, a gente desconfiaria de coisas assim. Pacientemente e com muita simpatia, ela apenas respondeu; "It's Vancouver, man'am"! (Isso é Vancouver, madame!). E é mesmo. Ainda bem que Canadá não é Brasil!

Aquele do "Yes, I do speak Farsi"


Nunca me senti tão iraniana na vida desde que cheguei à Vancouver. Sim, a cada novo contato a pergunta seguida de confirmação é a mesma: "Você é iraniana, né?". E quando não é a pergunta é a sensação de que todos ao meu redor realmente acham que sou iraniana. E porquê tenho esse feeling? Bom, ganho um sorriso todas as vezes que vou ao shopping e encontro alguém com burca ou sem e que é do Irã, Tipo: "Oi, conterrânea!" rs Até o pai do meu chefe, que é iraniano, se confundiu e fez a tão esperada pergunta. Como o meu chefe turco também fala farsi já ouvi alguns clientes perguntarem a ele se também sou iraniana. Oh gosh! Ah, teve um dia que sai com uma senhora iraniana e durante o nosso café conversamos sobre assuntos que eu não estava tão familiarizada ainda em inglês. Então foi um pouco difícil a nossa conversa. Até que um senhor canadense da mesa ao lado reconheceu o sotaque dela e começou a dizer que já tinha visitado muito o Oriente Médio. Depois ele disse que sem querer tinha ouvido a nossa conversa e estava curioso pra perguntar porque a gente não estava falando em farsi. Já que aparentemente seria mais fácil. Pois é, realmente seria, se eu soubesse o tal idioma.

Enfim, mas o episódio que marcou mesmo foi um dia na rua pedindo informação. Eu tinha um hábito terrível de responder com "yes" tudo que eu nao entendia em inglês. Era uma maneira de dizer que eu estava entendendo tudo. O problema foi que abordei um iraniano para me ajudar a chegar a um endereço. No meio da informação, ele soltou; "Are you persian?". Eu nao entendi que isso significava "Você é persa/iraniana?". Então, logo disparei o meu YESSSS! E pra piorar eu estava usando um lenço bem Midle East. Ele até me elogiou e repentinamente mudou o idioma, começou a me dar as informações em FARSI! Oh, my goodness. Totalmente minha culpa! Até então não tinha entendido, mas de repente vi que o meu entendimento de inglês estava péssimo. Óbvio, quem estava falando inglês ali? Foi então que percebi o meu mistake (erro) e desesperada por uma "Tecla Sap", o avisei que tinha confundido a pergunta dele e tudo voltou ao normal, ou melhor, ao inglês. Bom, o meu conselho é: Nunca diga YES sem ter certeza do que está afirmando rs.