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terça-feira, 15 de abril de 2014

Aquele das Primeiras Impressões

Sai do aeroporto e fui à caça do táxi. Entre tantas opções adivinhem em qual entrei? O de um indiano! Eu não tenho nada contra, mas é que eles me perseguem haha E o pior é que eu quase não os entendo! Ah, e ainda acho muito estranho aquele turbante que eles usam. Agora já me acostumei, pois é o que mais vejo por aqui.
Enfim, ele dirigia como um maluco, freava em cima dos carros e eu só dizia; "Slow, please!" e pensava; "Poxa, não posso morrer no meu primeiro dia aqui, né?" hahah No final das contas, consegui chegar na Homestay (tipo de hospedagem em casa de família canadense ou não, portanto que tenha o inglês como língua principal na casa). Ah, e o indiano ainda ficou com 10 dólares a mais, eu nem pretendia dar tudo isso de gorjeta, mas tudo bem (que mão de vaca, eu sei! rs).
O tempo estava bem fechado aqui, afinal já era inverno. Bem diferente pra quem tinha acabado de sair de um super verão no Brasil! As folhas secas das árvores lembravam cenas de filme, mas as casas não eram tão bonitas quanto as que já tinha visto nos EUA. E pra piorar escurecia a partir das 4h30 da tarde, simplesmente muito estranho para nós brasileiros.

Bom, como grande parte dos estudantes aqui, fui recebida por uma família de filipinos. É o que a gente mais ouve aqui. Gostei muito deles, só a casa e a comida que deixaram a desejar. E como eu ainda não estava "curada", na primeira refeição na casa desandei a chorar rsrs Sim, eu fiz isso! Foi tudo muito estranho, não sei o que houve comigo, não foi pelo arroz sem sabor e nem pelo frango esquisito hahah foi realmente uma pontada de SAUDADE. Aquela não era minha família, a minha casa nem a comida da minha mãezinha. E eu só estava longe de tudo isso há apenas 1 dia. Então percebi que a partir dali a minha viagem não seria tão fácil como previa ...

Aquele da gentileza

16 de Dezembro - 2013
Depois de muitas horas e uma conexão em Chicago cheguei à Vancouver. Durante a conexão conheci um casal de brasileiros do Rio Grande do Sul, eles foram super legais, me deram várias dicas e principalmente apoio rs. Não tem jeito, brasileiro é brasileiro!
Bom, eu estava exausta e ainda tinha que passar por uma fila diferente na imigração, é esse o procedimento para quem fica mais de 6 meses no país. Eles iriam fazer outra entrevista, a fila estava gigante demais para quem estava caindo de sono, afinal já era noite no Brasil. O fuso eram de 6 horas a menos. Percebi que algumas pessoas demoravam um pouco na fila e eram muitas perguntas na entrevista, mas eu nem fiquei preocupada. Eu ainda estava com o coração apertado demais que nem me importariam se me barrassem por algum motivo e me mandassem de volta para o Brasil haha Dá pra acreditar que pensei assim? Eu falei que estava triste rs. Não sei, é diferente quando você viaja de ferias, mas quando você sabe que o seu prazo é maior e que você não tem ideia das coisas que vão acontecer, você sente medo, ansiedade e alguma insegurança. Na fila eu nem conseguia ler os emails lindos que recebi, cada vez que olhava para o celular uma lágrima caia. Como foi difícil!
Quando finalmente chegou a minha vez só me fizeram 2 perguntas; o que eu iria fazer no Canadá e quanto tempo ficaria. Apenas isso! Ufa, menos mal! Bom, toda essa espera me rendeu um pouco mais de 2 horas. Quando eu sai do aeroporto cadê o meu nomezinho em alguma plaquinha? Ops, ninguém à minha espera! Uma pessoa da agencia iria me buscar, mas eu demorei tanto que ela desistiu.
Então foi a hora de usar o meu "pobre inglês" e tentar descobrir o mistério rs A Cinthia, uma amiga que tinha voltado de Toronto há pouco tempo, tinha me enchido de moedas caso eu precisasse fazer alguma ligação. Eu já estava esperta porque a Cris Voight, outra amiga viajada, sempre me lembrou de carregar os benditos coins comigo. Então fui atrás de um "orelhão" no aeroporto, quando fui pedir ajuda a um funcionário para me ajudar contar as moedas, ele simplesmente me disse; Não se preocupe, temos isto pra você; duas moedas de 25 cents coladas neste cartãozinho! Quanta gentileza nesse Canadá!
Meu inglês não estava bom, mas também não estava tão ruim assim, consegui ligar, entender que eu teria que me virar para pegar um taxi e entendi até quanto pagaria por um rs E lá fui eu pra minha segunda aventura no país ...

terça-feira, 8 de abril de 2014

Aquele da Despedida

Ontem foi um dia de muitas lágrimas, orações, abraços, presentes e muitas despedidas. Tanta gente querida me desejou boa viagem, torceu, orou, me incentivou. Minha família me acompanhou em tudo, até que dei o meu último abraço do ano e virei o corredor. Até aí estava razoavelmente bem, mas quando me sentei para telefonar, as lágrimas voltaram instantaneamente. Meu Deus, como dói! Dormi pessimamente e cá estou chorando mais uma vez enquanto escrevo. E ainda me restam pelo menos mais 7 horas de voo, contando com a conexão.
Nunca imaginei que essa decisão fosse ser tão difícil. Não sei exatamente o que vim buscar. A Rose, minha amiga, me disse isso como se estivesse lendo meus pensamentos, e é a mais pura verdade! Sei que os dias a seguir terão algum propósito. E o único lugar que quero estar é no centro da Vontade de Deus. Porque aí não tem erro.
A partir de agora VOU TE CONTAR o máximo dessa experiência!
Sejam bem vindos, torçam e orem muito por mim.
Um grande beijo

Aquele da Zona de Conforto

Eu comecei o ano com sede de um desafio. Mas não podia ser qualquer um. Tinha que ser algo que me incomodasse, eu queria um que realmente mexesse comigo, tirasse o chão dos meus pés; Foi aí que decidi sair da ZONA DE CONFORTO! Há 3 meses saí do trabalho para começar uma vida nova. Interrompi (temporariamente) minha carreira, abri mão de alguns sonhos e fui atrás do que me faltava; experiência de vida.
Deixei amigos para trás e uma família que me ama incondicionalmente. Hoje foi um dia muito difícil pra mim, talvez o primeiro de muitos. Os sonhos parecem lindos quando estão apenas na tela do computador, visualizados em paisagens exuberantes e tão vivos quando ainda contados pela experiência de outras pessoas. Era assim que me sentia alguns meses. Mas hoje é algo real, que mais me assusta do que alegra.
São 06h30 da manhã e eu estou sobrevoando alguma parte do mundo, um lugar que talvez queira conhecer um dia. Mas meu destino hoje é Vancouver, Canadá. Lugar que ficarei por alguns meses. E a minha única pergunta é; será que conseguirei? Porque o meu coração está tão partido hoje. Me despedir da família foi a coisa mais difícil que ja fiz na vida. Juro.
Eu sei que para muitos isso não é tão ruim. Mas pra mim é. Porque a minha família é a parte da vida que mais amo nesse mundo. Aos 27 anos, sou ainda o "bebê da mamãe e da minha irmã querida", sem falar a "filhinha do papai" rs Se convivessem com a minha família entenderiam completamente.

Aquele do Atraso


Olá, minha gente! Eis a minha primeira postagem. Prometi que faria o blog pelo menos 4 meses atrás, então ele está bemmmm atrasado. Mas "antes tarde do que nunca", certo? A grande vantagem é que algumas postagens já estão na minha cabeça há algum tempo, então só vou "transcrevê-las". Acredito que todos os dias vividos aqui fazem parte de um episódio dessa minha saga, por isso vou nomear cada um como "Aquele", você sabe ... Aquele de Vancouver! Ah, não reparem as datas, vou tentar contar o máximo de histórias desde o comecinho. Os primeiros "episódios" foram escritos no avião, assim não perderiam a essência do momento. Enfim, fiquem à vontade para pegar uma carona nessa minha viagem, ok? Enjoy it!